terça-feira, 28 de setembro de 2010

Refúgio

Estava limpando a poeira espacial que custava a se impregnar nos anéis de saturno, sim, eu era um faxineiro espacial. Apesar de parecer uma profissão muito interessante, muitos de vocês a achariam desgastante. 24 horas por dia perambulando os 4 cantos desse planeta monótono que não abriga 1 molécula de vida se quer. Eu trabalho aqui desde que me conheço por gente, e presenciei algumas das maiores e mais bonitas apresentações que o universo pode nos oferecer, e ainda assisti de camarote VIP, eu e eu mesmo. Mas fora isso, o meteoro de número 121 era diferente, o pequenino me chamara atenção. Era solitário e aparentemente sonhador igual a mim, não que ele tivesse cérebro e pensasse igual a nós, seres humanos, mas o coitado parecia procurar algo que nem ele sabia direito o que era, parecia que seu lugar não era alí. Pulei em cima do meteoro para fazer-lhe companhia. As vezes precisamos de uma válvula de escape, as vezes o silêncio é ensurdecedor.

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